sábado, 21 de julho de 2007

TOC TOC TOC!

Quando começou, eu estava deitada na minha cama, com a cabeça recostada em uma almofada, terminando de ler um livro.
O meu campo de visão era o seguinte: O livro tomando totalmente a frente dos meus olhos. Se eu movimentasse a mão que o segurava, dava para ver perfeitamente a mesa do computador com a cadeira que estava a sua frente. Cenário perfeito.
O primeiro pensamento foi: Lá vem a miséria do TOC! O segundo: Levanto, empurro a cadeira até encaixar perfeitamente na bancada e volto mais uma vez para a cama. O terceiro foi: Quantas vezes eu vou precisar fazer isso até me acalmar? No mínimo algumas vezes, vezes estas que precisam ser múltiplas de três, para que possa isolar qualquer possibilidade de entrada de energia negativa.
Continuei deitada. Comecei a olhar para a cadeira e para o espaço que dava para encaixá-la na bancada. Era um espaço vazio. Parecia um vácuo. Lembrei imediatamente do vácuo de existir.
A decisão foi a seguinte: Não vou levantar! Vou ler o meu livrinho aqui. E fiquei. Continuei.
Foi uma rave na minha cabeça. Pensei 357891456258 coisas ao mesmo tempo com todas as sensações misturadas...
Não levantei, li o livro até o final e aprendi a matar baratas com Clarice.

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